GUINÉ BISSAU – O acampamento, primeira escola nacional de jovens mulheres líderes da Guiné-Bissau, é uma organização da Rede Nacional de Jovens Mulheres Líderes (Renajelf -GB), presidida por Fatumata Sané, de 25 anos, médica recém-graduada em Bissau.
A agência de notícias Lusa visitou a escola, que decorre em seis oficinas improvisadas em vários pontos da cidade de Canchungo, onde 150 jovens, dos 16 aos 28 anos, vindas de todas as zonas da Guiné-Bissau, recebem formações em domínios diversos como inteligência emocional, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez precoce e não desejada, liderança, cultura e arte, gestão associativa, direitos humanos e migração, entre outras valências.
Profissionais seniores, na sua maioria mulheres já no mercado de trabalho, foram convidadas pela Renajelf para ministrarem aulas práticas e noções básicas às futuras líderes, de quem se espera “atitudes, melhoria de virtudes, autoconfiança” nas suas comunidades, a partir de “novos valores cívicos”.
De todos os cantos do país
Fatumata Sané destacou também o facto de a iniciativa, a primeira no país, ter juntado “meninas, futuras líderes” oriundas de todas as regiões e de todas as franjas sociais – de organizações comunitárias, jovens com deficiência física, de confissões religiosas, jovens jornalistas, de partidos políticos, desportistas, empreendedoras e militares.
Dados do Governo guineense indicam que 60% da população ativa é considerada jovem e cerca de 61% da população é do sexo feminino, num país com cerca de 1,8 milhões de pessoas.

Foto ilustrativa (2013): Mulheres participam em programa de alfabetização na vila de Nhacra
150 jovens estão em estágio num acampamento na localidade de Canchungo. Iniciativa da Rede Nacional de Jovens Mulheres Líderes visa “remover barreiras e normas socioculturais e promover a valorização das meninas”.